Gunhee・@TT00CJ

!! trigger warnings: violência doméstica, alcoolismo, suicídio e parricídio. !!“Ghost’s were created when the first man woke in the night”. — J. M. BarrieA vida não foi particularmente gentil com Choi Gunhee, filho de um pai militar aposentado e uma mãe que sofria violência doméstica, não era incomum chegar em casa para um pai bêbado que insistia que seu filho era “um maricas” e que ele precisava “aprender a dureza da vida”. Ele treinava o garoto desde criança de tal forma que hoje Gunhee não se lembra se primeiramente aprendeu como dar socos ou a andar; foi assim que ele cresceu aprendendo que certas coisas eram melhor de serem evitadas. Barulhos altos engatilhavam o transtorno do estresse pós-traumático de seu pai e faziam com que ele entrasse em um modo de guerra que não saía até ele se acalmar ou sangue ser derramado, portanto em casa ele era sempre quieto, diligente e frio.Mas Gunhee tinha o seu lado gentil e o motivo disso era sua mãe, ele constantemente a fazia sorrir, buscava aprender piadas, tentava ser uma pessoa divertida e cuidar dela para que ela não sucumbisse ao terror da própria mente nos dias em que aquele bêbado miserável voltava para a guerra que já havia acabado há tantos anos. Contudo, um dia ele acordou para ver sua mãe na garagem com a vida findada por uma corda em seu pescoço e um bilhete onde pedia perdão para seu filho; ele correu para a sala onde o seu pai estava voltando a ficar bêbado, implorando para ele a ajudar enquanto o puxava, apenas para ser recebido com um soco em seu rosto enquanto ele pedia para não ser incomodado.“Ela está lá tem horas, não vai sair de lá”.Foi assim que ele entendeu que o próprio pai já havia a visto na garagem e decidiu abrir uma cerveja e a deixar por ali um tempo, mesmo que isso significasse que seu próprio filho de apenas 15 anos acabasse assistindo aquela cena tão traumatizante. Completamente desolado, levemente enlouquecido e de luto pela perda da única pessoa que o fazia sorrir, Gunhee foi até a gaveta onde seu pai guardava suas armas e pegou a K5 de seu pai com a qual foi forçado a treinar tantas vezes, voltando para a sala e apontando para o velho que sequer reagiu, apenas continuou olhando a televisão enquanto o adolescente mal conseguia enxergar devido à tantas lágrimas em seu rosto. Ele gritou. Gritou de novo e de novo como ele podia ter deixado isso acontecer com sua mãe? Era sua culpa que ela estava morta, todas as vezes que ele bateu nos dois, como ele podia ser uma pessoa tão horrível? Pela primeira vez ele encarava de frente seu pai e era com o cano de uma arma apontada para o próprio, embora a resposta dele tenha sido uma só.“É melhor você não errar”.Foi a partir daí que seu pai se levantou, vindo em sua direção pronto para o desarmar antes de receber um único tiro em sua testa. Frio, calculado e sem desperdícios. A investigação policial levou em conta os eventos e o relato de Gunhee que indicava seu pai como um caso clínico de TEPT, e inocentou o rapaz por legítima defesa visto os machucados absurdos em sua mãe, em si próprio e o fato de que o garoto mentiu em seu relatório dizendo que desde o início seu pai estava tendo uma crise e o atacando mais uma vez. Com tudo resolvido, ele acabou indo morar com uma tia e a filha dela, uma prima mais nova que o tratava como irmão e pela primeira vez ele passou a entender o básico de uma família amorosa completa, mesmo que o marido dela vez ou outra o encarasse como alguém perigoso ou com medo, porém ele aprendeu a relevar isso.Gunhee não deixou que os traumas de sua vida o tornassem a pessoa calculista, fria e obsessiva que seu pai sempre tentou o fazer ser, pelo contrário, ele se esforça e luta contra seus demônios dia após dia para ser a pessoa gentil, engraçada e divertida que fazia sua mãe sorrir. Aos 18 anos, o rapaz se alistou obrigatoriamente para conseguir dinheiro e parar de incomodar seus tios, mesmo que sempre os visitasse e levasse um presente para sua pequena irmãzinha; após o fim do serviço obrigatório ele se tornou policial e trabalhou com uniforme por alguns anos, ascendeu nos ranks com certas honrarias e seguiu assim sua vida até os 24 anos.Aos 24, ele foi escolhido a dedo por um oficial superior (além de ter se alistado voluntariamente), para compor o esquadrão 707 das forças especiais, a KNP SOU. Após se tornar agente da SOU, ele foi alocado em um complexo de luxo em Gangnam enquanto trabalhava em uma missão especial de investigação de possíveis espiões norte-coreanos, a qual terminou em sucesso em maio de 2025. Ele teve sua recompensa refletida em seu rank, além de alguns bônus financeiros que se somaram ao auxílio que vinha recebendo em alguns anos para morar em Gangnam acabaram o permitindo comprar o apartamento onde morou no último ano.Gunhee não é de ostentar luxos, porém a vida no condomínio tinha um certo conforto inegável, além do fato de que ele não precisava se preocupar demais com custos considerando que mesmo com seu alto salário para um funcionário da polícia, ele também contava com descontos e bônus que recebia do governo para se manter por ali, de resto, ele sempre tentava comprar coisas por perto da casa de seus tios e a viagem sempre valeria a pena para os ver um pouco mais.
Hoje, o rapaz consegue viver uma vida tranquila e que seria o sonho de qualquer um; estabilidade financeira, pessoas que o amam, porém a verdade é que ao chegar em casa dos dias intensos de treinamento exaustivo, Gunhee pensa que todas suas horas extras que o levaram a ter tamanha estabilidade financeira ainda não foram o suficiente, o motivo sendo que ano após ano, todas as vezes em que ele assumiu tantas responsabilidades, turnos e trabalhos a mais eram apenas uma forma de mascarar o fato de que ele não aguentava mais voltar para aquela casa vazia.Apesar de sempre estar sorrindo, rindo e brincando, Gunhee ainda é constantemente afetado pelo seu passado sombrio e pelas lembranças das cicatrizes que enxerga sempre que se olha no espelho, ou pelas cicatrizes de sua alma que são vistas sempre que ele fecha seus olhos. Bem no fundo, o coreano ainda tem medo. Um temor de se envolver, de permitir que outros se envolvam na bagunça que é sua vida e que se tornem parte do turbilhão que é sua mente e seus sentimentos. E por mais que odeie admitir, por baixo de todos aqueles sorrisos e gentilezas que o fazem se lembrar de sua falecida mãe, ainda há muito ódio, um péssimo controle de raiva e atitudes que o fazem se lembrar que ele tem, em suas veias, o sangue daquele mesmo homem que aprendeu a odiar.“I swear — from the bottom of my heart — I want to be healed. I want to be like other men, not this outcast that nobody wants”. — E. M. Forster.

Wanted・09:58 PM

1. alguém a quem ele ensinou artes marciais.
2. alguém que tenta o ensinar a jogar coisas que não sejam da franquia mario.
3. alguém que o conheceu no ano passado enquanto ele estava "undercover" e ainda o convida para exposições de artes.
4. gunhee é inesperadamente bom com crianças e se tornou a "babá informal" de muse quando a oficial não consegue ir.